sexta-feira, 17 de junho de 2011

 Tá bom, confesso que não estou com aquela emoção inicial de sempre ou algo parecido e que talvez me arrepende de não ter escrito quando ela estava por aqui, mas isso não vem ao caso. Bom, sabe como é entrar em um lugar, olhar para os cantos e para tudo ao redor e não julgar nada ? Fora que, tu mal entra e já te vem uma vontade imensa de chorar, mesmo não tendo motivo ou que não seja um choro de tristeza, mas sim, de pura emoção ? Pois é.
Sabe, fiz um gesto simples, visitei um Asilo. Eu queria fazer isso a tempos, sabia que precisava de um choque de realidade desse tipo pra dar um sentido a mais na vida, olha, sinceramente, não surgiu todo aquele efeito, mas valeu a pena. Eu tava num habiente, aonde existiam histórias de anos para serem contadas. Embora, o pessoal que foi junto, ficou meio perdido ou totalmente perdido, pela falta de planejamento e alguns até não interagiram, foi bem interessante. Pelo menos pra mim.
Conheci algumas histórias de vida. De uma senhora de 77 anos, surda, viúva, mas que adora contar a sua história, não vou lembrar dos detalhes, mas ela tem filhos e netos, que vem visita-la com frequência e até levam ela pra fora, aonde moram, nas férias e estava a dois anos e meio naquele local e gostava demais de lá porque podia tomar o banho dela, comer e era super bem cuidada, palavras dela. Conheci um senhor de 60 anos, ex motorista de onibus aposentado, que teve que parar porque causa uma ameaça de derrame e estava lá fazia dois anos, tem filhos e netos, mas eles não vem visita-lo com frequência e aliás, nem vão e que ele já foi casado e a ex mulher dele ia visitar ele, mas agora ela também não vai mais e é vereadora, aqui em Guaíba, e vocês não sabem a tristeza dele em dizer que não visitam mais ele e não sabia porque, mas que o irmão dele, sempre ia visita-lo com frequência, o que me deixou um pouco mais aliviada. Ele me contou que era evangélico e frequentava uma igreja lá aonde morava. E que o pessoal de lá recebiam visita de um coral todas as terça. Conheci a história de um casal que casou lá dentro, ela com 60 e alguma coisa e ele com quase 70, por aí. Faziam um mês que estavam casados e ela foi morar lá com ele, naquele lugar. E Faz tricô pra vender pro pessoal lá de dentro. Um amor de pessoa. Tinha outra senhora, com 86 anos, se não me engano, que estava usando um relógio com pulseira laranja, sentada numa cadeira de rodas, como a maioria de todos lá, não sei se tinha condições de caminhar, mas tinha a fala difícil de se compreender, com filhos, netos e que vinham visita-la.
Sabe, eu realmente não quero dizer nada com esse texto, só passar algo que eu fiz e que eu pretendo muito fazer novamente. Ir visitar alguém, conhecer mais histórias, interagir, se emocionar, levar algo a mais pra vida, ter o que contar e principalmente, ajudar. Acho, quer dizer, tenho certeza que fazer esse tipo de coisa não mata ninguém ou prejudica, aliás, surge o efeito contrário, enrique o espirito, a alma, e quem sabe, o coração. E né, quem puder e quiser fazer o mesmo, será bem recompensado. De uma forma, ou de outra.

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