domingo, 22 de julho de 2012

"Se for pra tudo dar errado quero que seja com você"

Olha, sabe quando você realmente faz algo e não se arrepende ? 
Pois é, eu fiz algo hoje do qual não me arrependi. Vou explicar melhor:
Férias, remete a dormir tarde e ficar até tarde na internet, normal de qualquer pessoas sem compromisso, digamos assim. Pois é, após ter ido dormir as 6h da manhã de uma sexta pra sábado e ter visto a chamada de um programa, algo me chamou a atenção. A tal chamada mostrava uma ala de um hospital para tratar de pessoas com Câncer na Região de Porto Alegre e os integrantes de uma banda de Rock Gaúcho, dizendo que mostraria um novo clipe da banda e passou um trecho mínimo do mesmo, que já deu pra instigar toda a minha atenção, ainda mais por conhecer a banda, mesmo que por pouquíssimo tempo, mas por conhecer a música também. Fui deitar pra dormir, quando depois de me revirar e me revirar, decide por meu celular pra despertar 10 minutos antes do programa começar. Beleza, dormi tranquilamente, acordei momentos antes do celular despertar com vozes familiares, como sempre e esperei o celular despertar pra ligar a TV. Olhei o programa inteiro, até ver do que se tratava realmente a reportagem: Era os músicos da Banda Tópaz, dentro dessa hospital, trocando ideia junto com os apresentadores e os pacientes desse hospital, contando seus problemas e porque estavam lá e tudo mais, algo super descontraído, até que eles disseram que ia ser oficialmente estreado o primeiro clipe do CD Onze Nós, que aliás, está disponível inteiramente de graça no site oficial da banda, recomendo, da música "Se For Pra Tudo Dar Errado", no qual, foi assistido pelos pacientes, os integrantes, os apresentadores e tudo mais. Tentando chegar a um concesso pra terminar isso, o clipe é P-E-R-F-E-I-T-O. Sério, eu to extremamente pensativa em relação a ele e emocionada, pelo tudo que a música e o clipe passam. Pra resumir o que eu to dizendo, dê uma olhadinha aí na obra prima que os meninos fizeram:


E sabe, tirando umas coisas ditas na entrevista: O menino da cadeira de rodas é um dos integrantes da banda e eu não sou a melhor pessoa pra dizer qual, e ele super topou raspar a cabeça para fazer o personagem e tal, e daí o resto dos meninos da banda decidiram que fariam isso JUNTOS e acabaram por todos rasparem a cabeça no final do clipe, tanto que eles já estavam carecas nessa entrevista e eu não reconheci.
Enfim, que fiquei claro que eu não sou fã fanática da banda, sou apenas uma admiradora de clipes e músicas
boas e a Banda Tópaz vem me ganhando a um tempinho já com suas músicas. E o máximo que eu posso desejar, é um super sucesso para esses meninos queridos e além do mais, passar esse clipe lindo e essa música perfeita, adiante.
E bom, como eu disse anteriormente, eu não me arrependo de ter posto meu celular pra despertar e ter visto a entrevista e a estréia do clipe, mesmo tento dormido pouco, porque valeu ter visto a história que ele passa e a união da banda, e além do mais, a cada vez que ela me vem na cabeça ou eu tenho pensado no refrão que diz "se for pra tudo dar errado quero que seja com você", sinceramente, me vem algumas pessoa na cabeça, quando eu penso que quero essas certas pessoas ao meu lado, para que quando "tudo der errado", elas contornarem isso sem a menor dificuldade, como fazem, para tudo se tornar certo novamente. E é isso que eu espero, que as pessoas não veem esse "errado" como uma coisa terrível, mas sim, que ela já esteja preparada e com ótimas companhias pra enfrentar isso de cabeça erguida. 
Enfim, a música, a mensagem, a banda são incríveis e vale a pena toda a minha dedicação pra escrever. Se acha que eu to exagerando ou mentindo, daí o play no clipe acima e se encante.

segunda-feira, 9 de julho de 2012



“Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.”

Fabrício Carpinejar.